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Metástases ósseas

As metástases ósseas são  tipos de câncer que acometem os ossos e que se originaram em outros locais do organismo, ou seja, as células cancerígenas se espalham de seu local original e atingem o osso. Elas são chamadas de lesões secundárias , e o câncer que originou estas metástases é chamado de tumor primário.

Os tumores primários que  formam metástases ósseas de forma mais comum são:

  • Mama na mulher.
  • Próstata no homem. 
  • Pulmão , rim e tireóide são outros tipos de tumores que costumam formar metástases.
  • Tumores gastrointestinais, bexiga, útero e melanoma raramente formam metástases ósseas.

 

As metástases ósseas são muito mais comuns do que o câncer ósseo malignos primário ( aquele que se originou no próprio osso).

O tratamento das metástases ósseas é direcionado para o tumor primário que causou as metástases assim como para as lesões ósseas metastáticas. Quimioterapia, bloqueio hormonal, imunoterapia e bifosfonatos são opções de tratamento sistêmico.

No caso de metástases ósseas dolorosas ou fraturas,  poderá ser necessário o tratamento cirúrgico com próteses ou hastes intramedulares , ou o tratamento com radioterapia.O tratamento dos pacientes com metástases ósseas evoluiu muito nos últimos anos. Existem várias opções de tratamento e a expectativa de vida melhorou muito. O objetivo é controlar a doença o máximo possível e tentar diminuir as intercorrências relacionadas à ela.

PerguntasFrequentes

Quais os sinais e sintomas das metástases ósseas?

A grande maioria dos pacientes  com metástase óssea tem mais de 40 anos e cerca de 80% deles já tem história de câncer prévio, que muito provavelmente é a causa da metástase óssea. Em cerca de 20% dos casos o paciente não tem nenhum histórico de câncer, e acaba descobrindo a doença pela manifestação clínica da metástase óssea, sendo a metástase óssea a primeira manifestação do câncer.

No início do quadro, as metástases ósseas podem não causar sintomas. Com a evolução das lesões , elas começam a manifestar alguns sinais e sintomas. Dentre eles, podemos citar:

  • Dor:  este é o sintoma mais comum e vai aumentando em intensidade e duração, sem melhora com analgésicos mais simples.
  • Fraturas: em alguns casos, a metástase pode enfraquecer o osso e provocar fraturas de pequena energia, ou até mesmo ao repouso, com pequenas movimentações como segurar uma xícara ou se levantar de uma cadeira. A grande maioria dos pacientes que tem uma fratura por câncer, costumam relatar que houve piora acentuada da dor e piora da movimentação alguns dias antes da fratura. Este pode ser um sinal de que o paciente deva ser avaliado e operado urgentemente para evitar a fratura.
  • Perda de força: quando as metástases estão na coluna, elas podem comprimir a medula óssea e raÍzes nervosas, levando à perda de força e sensibilidade, principalmente dos membros inferiores, podendo levar a uma paraplegia. Esta situação é conhecida como síndrome de compressão medular, e deve ser tratada de forma urgente com radioterapia ou cirurgia.
  • Perda de peso: Com a evolução da doença há um consumo de energia pelo próprio tumor e perda de apetite pelo paciente, levando a uma perda de peso.
  • Náuseas e vômitos: alterações do metabolismo e de níveis de cálcio, levam a um mal- estar geral , com náuseas e vômitos.
  • Incontinência urinária e intestinal: Caso as metástases ósseas estejam comprimindo as raízes nervosas que se originam no sacro, podemos ter perda do controle da urina.

Quais as causas das metástases ósseas?

As metástases ósseas surgem por conta do tumor primário. A célula deste tumor adquire a capacidade de cair na circulação sanguínea e de se espalhar para outros locais, dentre eles, os ossos. Quando estas células atingem os ossos, elas começam a crescer novamente, formando a metástase óssea.

Como é feito o diagnóstico das metástases ósseas?

O diagnóstico deve ser suspeito pela história do paciente e confirmado através de exames de imagem e laboratoriais.

  • Radiografia simples: Exame muito importante para confirmar a suspeita de metástase. Em alguns casos , podemos prever o local do tumor primário apenas com a característica da lesão na radiografia. Este exame também é importante para avaliar e quantificar o risco de fratura do osso acometido.
  • Tomografia Computadorizada: Pode ser importante para avaliar o tamanho da lesão , e quanto o osso está fragilizado pela lesão tumoral.

Este exame também pode ser utilizado na investigação do tumor primário e na quantificação das metástases, sendo investigados Tórax, Abdome e Pelve.

  • Ressonância Magnética: É o melhor exame para avaliação de metástases na coluna e pode ser útil em outros locais para avaliar o tamanho da lesão dentro e fora do osso, assim como a proximidade com vasos e nervos.
  • Cintilografia óssea: É o melhor exame para avaliar  todo o esqueleto e verificar se existem outros locais com metástases ósseas.
  • PET- CT: Este é um exame moderno e caro, mas que pode ser utilizado para avaliar o corpo inteiro e descobrir onde fica o tumor primário  e as metástases, e verificar o quanto agressiva elas são.
  • BIópsia: Em cerca de 80-90% dos casos, nós já conseguimos confirmar o diagnóstico com a história e os exames de imagem. Em alguns casos, a dúvida permanece, e pode ser necessária uma biópsia para confirmar o tipo de tumor.

Como é feito o tratamento das metástases ósseas?

Tratamento clínico

O tratamento das metástases ósseas é multidisciplinar, ou seja, várias especialidades médicas vão atuar para que o paciente tenha o melhor tratamento. 

O tratamento do tumor primário que causou a metástase óssea é fundamental. Este tratamento é feito e coordenado pelo oncologista que irá prescrever e medicamentos para o controle do tumor primário e das metástases ósseas. Dentre as opções medicamentosas temos:

  • Quimioterapia: medicamentos que inibem o crescimento do tumor, mas podem ter vários efeitos colaterais  pois interferem no crescimento das células normais também.
  • Bloqueio hormonal: alguns tumores possuem receptores hormonais que estimulam seu crescimento. Por isso, o bloqueio hormonal pode ser uma boa alternativa de tratamento.
  • Imunoterapia: classe de medicamentos mais moderna, na qual o medicamento age principalmente na célula cancerígena.
  • Bifosfonatos: medicamentos que melhoram a qualidade óssea  e diminuem o cálcio no sangue que pode estar aumentado. Ex: ácido zoledrônico, pamidronato.

Como é feito o tratamento ortopédico dos pacientes com metástases ósseas?

O ortopedista oncológico vai avaliar o caso do paciente e levará em conta qual o diagnóstico do tumor primário, o número de lesões, o tamanho delas, a quantidade de destruição óssea,  os sintomas que elas provocam, o estágio do tratamento e como paciente está clinicamente.

Alguns casos de metástase óssea podem ser tratados apenas clinicamente e com controle de dor com analgésicos.

Em outros casos, isto não é suficiente, e pode ser necessário o tratamento com radioterapia. A radioterapia consiste no uso de radiação direcionada para o tumor, com objetivo de matar as células tumorais e permitir uma neoformação óssea local. De forma geral, a radioterapia proporciona um bom controle de dor em cerca de 80% dos casos.

Caso não haja indicação de cirurgia , poderá ser indicado o uso de tipoia, quando a metástase estiver localizada no membro superior, ou uso de imobilizadores, bengala, muletas,  andador, ou até mesmo cadeira de rodas quando a metástase estiver localizada no membro inferior.

Há casos, em que o tratamento clínico e radioterapia não são suficientes e o ortopedista oncológico deverá realizar o tratamento cirúrgico. Podemos dividir o tratamento cirúrgico em 2 tipos:

 

Tratamento preventivo ou profilático

  Através do exame clínico e de imagem, pode-se calcular o risco de fratura  de um osso com metástase óssea. Caso o risco seja alto nos ossos de fêmur (coxa), úmero ( braço) e tíbia, pode ser feita uma cirurgia de fixação profilática. Esta cirurgia consiste na colocação de um haste metálica de aço ou titânio no interior do osso. Quando bem indicada e realizada, esta cirurgia previne fraturas, melhora a dor e possibilita um retorno rápido às atividades de uma maneira pouco invasiva.  Em alguns casos, a metástase deve ser retirada e o osso retirado poderá ser reconstruído com uma prótese (endoprótese) que pode ser montada no momento da cirurgia.

 

Tratamento de fraturas patológicas

Em alguns casos, não é possível fazer o tratamento preventivo de fraturas, e o paciente já se apresenta para avaliação com um fratura patológica (fratura provocada pela fragilidade óssea causada pelo tumor).

Alguns casos podem ser tratados de forma conservadora,ou seja , sem cirurgia. Isto pode ser feito principalmente nos casos de fraturas do membro superior. Nestes casos, podemos indicar o uso de tipóia ou imobilizador  mais radioterapia.

Existem outros casos de fratura, em que a cirurgia é o melhor tratamento. Isto ocorre principalmente nas fraturas do fêmur, mas pode ser indicada no tratamento de fratura em qualquer osso. Nestes casos, podemos realizar a fixação com hastes metálicas, próteses e endoprótese a depender do local da fratura, do tipo de tumor e da perda óssea causada por ele e pela fratura.

O objetivo do tratamento ortopédico é aliviar a dor e permitir uma rápida  reabilitação para que o paciente volte a realizar suas atividades e seu tratamento o mais rápido possível

Qual a expectativa de vida dos pacientes com metástases ósseas?

O tratamento dos pacientes com metástases ósseas evoluiu muito nos últimos anos. Antigamente os pacientes com este diagnóstico eram considerados terminais. 

Hoje em dia, existem várias opções de tratamento e a expectativa de vida melhorou muito.

É claro que existem ainda os casos graves , em que o prognóstico é reservado , mas são cada vez mais comuns os casos de pacientes com metástase óssea e até mesmo fraturas, que conseguem ter sua doença controlada e vivem por vários anos, ou décadas.

O objetivo é controlar a doença o máximo possível e tentar diminuir as intercorrências relacionadas à ela.

Dr. Daniel Rebolledo

  • Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)
  • Membro da Sociedade Internacional de Salvamento de Membro (ISOLS)
  • Médico Assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
  • Médico Consultor do Grupo de Oncologia Ortopédica do Hospital Mário Covas da Faculdade de Medicina do ABC
  • Membro da Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica (ABOO)
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