O que saber sobre o tumor de Ewing?

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Tumor de Ewing, ou sarcoma de Ewing, é um tipo de câncer que tem incidência nos ossos, apesar de poder começar em tecidos moles. É um dos tipos de câncer que atinge os ossos mais comum, assim como também perigoso. Estudar seus sintomas, investigar causas e procurar um ortopedista oncologista ao perceber alguma alteração nos ossos, são os primeiros passos para encontrar o melhor tratamento e lutar com as armas certas contra essa doença. O tumor de Ewing possui alguns tipos de tratamento, assim como diversas formas de diagnóstico precoce.

Ortopedista oncologista e tumor de Ewing: o que é preciso saber?

tumor de Ewing, assim como alguns outros tipos de tumores malignos, é um desafio para a medicina, e cada pessoa pode apresentar um tipo de resposta aos tratamentos existentes. Sabendo disso, a escolha do médico é crucial, já que esse profissional é que irá diagnosticar, tratar e acompanhar o quadro, assim como investigar a existência de metástases e recidiva dos tumores. O ortopedista com especialização também em oncologia é o médico ideal para tratar qualquer tipo de tumor que pode atacar os ossos. Sendo assim, esse médico é que possui todo o conhecimento e preparo necessários para tratar o sarcoma de Ewing.

O tratamento do câncer nem sempre é rápido, assim como possui várias fases e precisa ser acompanhado com atenção pelo especialista. A agilidade no tratamento, a escolha da terapia ideal, assim como a realização do tratamento de forma correta são fatores muito importantes na cura ou na remissão do câncer. O ortopedista oncologista é crucial nessa fase, pois ele irá perceber prontamente se há necessidade de mudar de tratamento ou até mesmo intensificá-lo.

Sabendo da importância de conhecer mais sobre o tumor de Ewing, separamos as informações mais importantes sobre esse câncer. Atente-se e procure um médico caso sentir algum sintoma de tumor nos ossos:

Sarcoma de Ewing fotos
Ressonância Magnética com sarcoma de Ewing na perna (tibia) e coxa (fêmur)

Afinal, o que é sarcoma de Ewing?

Antes de falar sobre as características desse tipo de tumor, é importante primeiro classificá-lo. O sarcoma de Ewing é um tumor maligno que ocorre principalmente em ossos, porém também existe aparecimento em tecidos moles. O sarcoma de Ewing afeta principalmente crianças, adolescentes e jovens, e seu pico de incidência é nos 15 anos de idade. Esse tumor tem mais incidência em pessoas do sexo masculino no que no feminino, sendo a proporção 3:2. Atualmente os pacientes que possuem esse câncer têm uma chance geral de sobrevivência de 70 a 80% em cinco anos, mas para pacientes com tumores pélvicos, os resultados são menores. Uma informação curiosa é de que negros e asiáticos possuem uma porcentagem quase que nula desse tipo de câncer, e os cientistas ainda não descobriram porque.

O tumor de Ewing possui maior incidência em:

  • pelve;
  • parede torácica;
  • extremidade superior;
  • coluna;
  • mão;
  • crânio.

Como dito anteriormente, esse câncer pode atingir tanto as partes moles, como os ossos. Sendo assim, a família dos tumores de Ewing tem uma diferenciação que pode constituir o mesmo tipo de tumor, sendo assim o sarcoma de Ewing e os tumores neuroectodérmicos primitivos circundantes (PPNET), com localização mais comum nos ossos longos e chatos. Os tumores neuroectodérmicos periféricos primitivos na região do tórax são freqüentemente chamados de tumores de Askin.

O tumor de Ewing extra ósseo geralmente tem maior incidência em:

  • extremidades do corpo;
  • cabeça;
  • pescoço;
  • retroperitôneo.

 

Sarcoma de Ewing Fotos

Imagem de radiografias de Sarcoma de Ewing no fêmur , no úmero(diáfise) e no úmero proximal

Sarcoma de Ewing fotos
Imagem de radiografias de Sarcoma de Ewing no fêmur , no úmero(diáfise) e no úmero proximal

 

Estadiamento

O estadiamento é uma característica de qualquer tipo de câncer que precisa ser acompanhada com grande atenção. O estadiamento nada mais é que a classificação a extensão do tumor ou até mesmo o quanto ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos. Para isso, os especialistas utilizam uma combinação específica de letras e números, sendo:

  • T – tumor;
  • N – nódulos (gânglios linfáticos);
  • M – metástase;
  • Números de 0 a 4 (gravidade);
  • G – possibilidade de disseminação.

Usando essas letras e números, é possível classificar o estadiamento desse tipo de tumor com mais firmeza. É importante lembrar que a letra G é mais usada no tumor de Ewing, que é considerado G3, ou seja, possui uma chance de disseminação de alto grau em todas as suas formas, sejam ósseas ou não.

Fatores de risco

O sarcoma de Ewing não possui causas específicas, mas existem fatores de risco, ou seja, fatores que podem aumentar as chances de uma pessoa sofrer com esse câncer. Os principais fatores de risco do tumor de Ewing é o sexo masculino e a idade de 15 anos. Sendo assim, os adolescentes masculinos de 15 anos são as pessoas que possuem maiores chances de desenvolver algum tipo de tumor de Ewing.

Sintomas do sarcoma de Ewing

Os sintomas do sarcoma de Ewing variam de pessoa para pessoa, mas o primeiro sinal é a dor onde o tumor está localizado. Na maioria dos casos, essa dor é exacerbada à noite ou durante o exercício, possivelmente devido ao crescimento do tumor ou fraturas ósseas que enfraquecem devido à doença.

Entre outros sintomas importantes, pode-se citar: dro no local do tumor, inchaço, sensibilidade, febre, cansaço, fraturas depois de pequenos acidentes, fadiga, mancar, perda de peso sem explicação aparente, falta de sensibilidade, paralisia de membros (caso o tumor atingir áreas da coluna) e até falta de ar (caso tenha um tumor próximo ao pulmão).

Como muitos desses sintomas e sinais são típicos de hematomas ou infecções, o tumor de Ewing geralmente não é descoberto no início. Em alguns casos, o diagnóstico correto só é encontrado quando a suspeita inicial não melhorou com o tratamento. Com exames simples de imagem é possível perceber que há problemas maiores do que uma simples contusão, por exemplo.

Como é feito o diagnóstico do tumor?

A avaliação diagnóstica começa com um histórico médico e concentra-se nos sintomas. O especialista também irá se basear na história familiar, sendo possível avaliar se o tumor está relacionado à suscetibilidade genética do câncer, ou seja, hereditariedade. Os pacientes devem ser examinados fisicamente, incluindo exame e palpação de tumores e avaliação de órgãos e sistemas.

O diagnóstico precoce e o estadiamento do tumor são essenciais para o sucesso do tratamento e do prognóstico do paciente, sendo assim, o paciente que sente dores e sintomas diferentes em seus ossos por mais de 1 mês devem procurar ajuda, ainda mais se possuírem os fatores de risco e casos desse problema na família.

Os tumores de Ewing devem ser diferenciados de outros tumores com as mesmas características morfológicas, como neuroblastoma, rabdomiossarcoma e linfoma. Isso requer imuno-histoquímica, citogenética e pesquisa em biologia molecular.

Uma radiografia simples já pode indicar problemas no osso, mostrando a lesão característica que indica que é um tumor de Ewing. Nos tumores relacionados ao tórax, as costelas são o principal local primário e / ou podem envolver massas secundárias. O exame final para confirmar ou excluir o sarcoma de Ewing é uma biópsia, que pode ser realizada por aspiração com agulha grossa ou biópsia do núcleo, sob a orientação da tomografia. O diagnóstico também pode incluir punção vertebral, testes genéticos e exames de sangue.

Formas de tratamento

Na maioria dos casos do sarcoma de Ewing, o câncer se espalha para outras partes do corpo, tendo esse processo chamado de micrometástase, pelos especialistas. Esse tipo de metástase é tão pequena que não pode ser identificada por estudos de imagem. Portanto, o primeiro passo no tratamento é geralmente a quimioterapia neoadjuvante antes da cirurgia.

Como o sarcoma de Ewing pode se desenvolver em diferentes partes do corpo, existem vários tratamentos cirúrgicos cujo objetivo é remover os tumores com uma ampla margem (margens de segurança, incluindo tecido seguro para evitar a recorrência do tumor). Para evitar amputação, esta operação deve ser realizada por um profissional experiente. Na cirurgia moderna, a parte óssea removida é substituída por um enxerto ósseo ou uma prótese interna. O paciente deve então receber um plano de reabilitação, que envolve fisioterapia, fortalecimento muscular e outros fatores que o auxiliarão.

Mesmo que a área em volta e saudável do tumor não possa ser alcançada, os pacientes podem se beneficiar da radioterapia após a ressecção. Recomenda-se realizar radioterapia após a cirurgia, quando houver suspeita de que o restante tumor ou a margem tenham sido contaminados pelo tumor.

Conte com o Dr. Daniel Rebolledo

Dr. Daniel Rebolledo é ortopedista e traumatologista especializado em Oncologia Ortopédica e Cirurgia do Quadril. Está sentindo algum sintoma diferente e quer investigar? Marque uma consulta e tenha um diagnóstico prático e eficiente, inclusive, contando com formas de tratamento inovadoras. Não se esqueça que qualquer sintoma considerado pequeno, pode ser sinal de algo maior.

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O Dr. Daniel é Oncologista Ortopédico  e Especialista em Cirurgia do Quadril, tendo grande reconhecimento nessa área pelo Brasil e mundo afora. Hoje ele é credenciado e realiza cirurgias em Hospitais famosos como: Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanes, Oswaldo Cruz e Hospital Santa Catarina, sendo referência no tratamento de problemas oncológicos ortopédicos e também como Especialista em cirurgia do quadril.

Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)
Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Ortopédica
Membro da Sociedade Internacional de Salvamento de Membro (ISOLS)
Médico Assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
Médico Consultor do Grupo de Oncologia Ortopédica do Hospital Mário Covas da Faculdade de Medicina do ABC
Membro da diretoria da Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica