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Muitas pessoas tem dúvida se têm câncer nos ossos. Quais são os principais sinais e sintomas do câncer nos ossos?
Alguns pacientes que já tiveram câncer em outros locais, tem dúvida se estão com metástases ósseas.
Outros, estão com sintomas suspeitos de câncer nos ossos primários, ou seja, aqueles que se originam no próprio osso.
Neste post, vou falar sobre os principais sinais e sintomas que você deve prestar atenção para procurar seu médico.
Os 7 principais sintomas de câncer nos ossos são:
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Dor.
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Aumento de volume local.
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Fraturas patológicas (fraturas espontâneas).
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Rigidez articular.
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Perda de peso.
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Cansaço.
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Falta de ar.
Estes são sinais e sintomas gerais mais frequentes para todos os tipos de câncer nos ossos.
Existem diversos tipos de câncer ósseo, e cada um pode ter uma manifestação diferente, mas devemos falar daqueles sintomas mais prevalentes , que servem de orientação ao paciente para procurar atendimento médico.
Lembrem-se que este post tem um carácter informativo. A melhor maneira de avaliar um caso específico é a consulta com profissional de saúde de sua confiança.
Antes de falar dos sinais e sintomas, vamos falar de outro fator importante quando avaliamos um paciente com suspeita de câncer nos ossos: a idade do paciente.
Idade de câncer nos ossos
Pacientes com idade maior que 40 anos , têm muito mais chance de ter um câncer ósseo do que pacientes menores de 40 anos.
A chance é maior nessa idade, pois estamos falando dos tumores malignos ósseos mais comuns que são as metástases ósseas, ou seja, nestes casos, temos tumores que se originam em outros locais como mama, próstata, pulmão, rim e tireóide e se espalham para os ossos.
Existe também o câncer ósseo em crianças e adolescentes. Neste caso, estamos falando de tumores ósseos primários como o Osteossarcoma, o Sarcoma de Ewing e o Condrossarcoma principalmente. Estes tumores são mais raros que as metástases ósseas , mas são importantes justamente por afetarem crianças e adolescentes.
Dor
Este é o sintoma mais comum.E como é esta dor? Como diferenciar a dor do câncer de uma dor de origem ortopédica?
A dor oncológica é uma dor persistente, pesada, com piora noturna, mas depois constante, sem muita relação com atividade física e que vai piorando ao longo do tempo.
A dor que persiste por mais de 6 semanas é um sinal de alerta.
Nos adultos, pelo padrão de disseminação das metástases, é mais comum que a dor esteja localizada no esqueleto axial, ou seja, coluna, costelas, bacia, quadril, ou ombros. É mais raro um câncer ósseo em mãos e pés.
Nas crianças e adolescentes , o câncer ósseo mais comum é primário, ou seja, aquele se origina no osso, e é mais comum ao redor da articulação do joelho.
Aumento de volume local
O segundo sinal mais frequente é o inchaço, aumento de volume no mesmo local da dor. Esse aumento de volume pode até virar um nódulo, uma protuberância, que de forma leiga é chamado de “caroço”.
De forma geral, o paciente com câncer ósseo percebe que há um inchaço local que normalmente é bem endurecido.
Fratura
Neste caso, esta fratura é chamada de fratura patológica, e pode ocorrer com baixa energia, ou seja, pequenos traumas ou movimentos que normalmente não seriam suficientes para provocar esta fratura podem causá-la.
Isto ocorre pela fraqueza do osso provocada pelo tumor que vai erodindo osso, que perda sua resistência natural.
Rigidez articular
Caso o tumor esteja perto de uma articulação, como quadril e joelho, ela pode inflamar, acumulando líquido inflamatório ( sinovite) ou sangue ( hemartrose) que pode restringir o arco de movimento desta articulação, ou fazer com que esse movimento seja doloroso.
Para evitar a dor, o paciente acaba não movimentando a articulação que vai ficando rígida.
Perda de peso
A perda de peso inexplicável, não intencional e sem motivo aparente sempre pode ser um indicativo de tumor e deve ser investigada.
O alimento que o paciente come, acaba indo para o tumor, impedindo que ele mantenha seu peso.
Cansaço
O cansaço, indisposição, fraqueza, acompanhados da dor persistente podem ser sinais de alerta para presença de câncer ósseo.
O tumor necessita de energia para crescer. Com isso, ele “rouba “ a energia do paciente e provoca esse cansaço e indisposição.
Falta de ar
Falta de ar ( dispnéia) pode ser um sinal de que o tumor atingiu a região dos pulmões. Isso pode acontecer tanto nos casos de tumores ósseos malignos primários , quanto naqueles tumores ósseos metastáticos.
Este é um sinal de doença avançada. O ideal é que o diagnóstico seja feito antes que o paciente tenha falta de ar.
Câncer nos ossos. Conclusão
Existem diversos tipos de tumores , tanto benignos quanto malignos. Os tumores malignos que atingem os ossos são chamados de câncer ósseos ou câncer nos ossos, ou neoplasias malignas ósseas.
Felizmente, os tumores benignos são muito mais frequentes.
O câncer ósseo corresponde a cerca de 2-3% de todos os tipos de câncer, mas pode chegar a 10% em crianças.
Estes são os 7 sinais e sintomas mais característicos das lesões malignas , e que servem de sinal de alerta para que o paciente procure uma consulta médica com especialista em oncologia ortopédica para estabelecer diagnóstico e um tratamento adequado.
Referências:
https://www.cancer.org/cancer/bone-cancer/detection-diagnosis-staging/signs-symptoms.html
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/bone-cancer/symptoms-causes/syc-20350217
O Dr. Daniel é Oncologista Ortopédico e Especialista em Cirurgia do Quadril, tendo grande reconhecimento nessa área pelo Brasil e mundo afora. Hoje ele é credenciado e realiza cirurgias em Hospitais famosos como: Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanes, Oswaldo Cruz e Hospital Santa Catarina, sendo referência no tratamento de problemas oncológicos ortopédicos e também como Especialista em cirurgia do quadril.
Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)
Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Ortopédica
Membro da Sociedade Internacional de Salvamento de Membro (ISOLS)
Médico Assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
Médico Consultor do Grupo de Oncologia Ortopédica do Hospital Mário Covas da Faculdade de Medicina do ABC
Membro da diretoria da Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica